ÁLVARO DE CAMPOS: ELE-MESMO
Palavras-chave:
Álvaro de Campos, modernismo, história do pensamento português, literatura, filosofiaResumo
A obra de Álvaro de Campos veio violentar o modernismo, tanto português como europeu; o seu trajeto intelectual e artístico influenciou inúmeros criadores e pensadores, tendo-se cimentado como importantíssimo para o Pensamento português, e para a Alma portuguesa como unidade concreta. No presente trabalho almejamos, não apenas, observar Álvaro de Campos na sua totalidade – o que quer que tal totalidade seja –, construindo ideias e conceitos sobre as suas três fases essenciais, mas também apoderarmo-nos de uma visão sinóptica que a obra encerra, nos três artigos completos, cada um sobre cada fase-fatia da Alma de Campos: uma primeira, de profunda decadência, espiralada centralmente no Opiário; uma segunda, grandiosa e genial, modernistafuturista, na Ode Triunfal; e uma última, crepuscular, de óbvio devir intimista, na Tabacaria. Numa palavra: perseguimos uma cosmovisão, um estilo – todo um respirar próprio e dissemelhante do de Pessoa. Isso significa, ainda, que nos referimos a Campos ele-mesmo, interiormente, e não a Campos quando ruminado na ideia de Pessoa; a nós interessa-nos o Campos-único.